sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sobre Política

POLÍTICA
Para Marilena Chauí, segundo turno não pode se tornar ‘plebiscito sobre aborto’
Em ato pró-Dilma em São Paulo, a professora de filosofia da USP sugere
que petistas deixem de atender à mídia
Por: Guilherme Amorim, Rede Brasil Atual
Publicado em 08/10/2010
São Paulo – A filósofa Marilena Chauí fez palestra nesta sexta-feira
(8), ao lado de intelectuais e membros do corpo docente da Faculdade
de Direito do Largo São Francisco (FDUSP) em um ato organizado para
defender a candidatura da governista para a Presidência da República.
Ela afirmou que o monopólio da imprensa no Brasil transforma a mídia
em um agente antidemocrático e que a disputa não pode se tornar em um
plebiscito sobre o aborto, baseado em boatos.
A maioria dos participantes usou seu espaço de discurso para, além de
diferenciar os projetos de governo dos candidatos, fazer críticas ao
comportamento da imprensa.
Marilena Chauí defendeu que lideranças de esquerda e do PT deixem de
atender jornalistas da imprensa convencional, em uma espécie de
boicote a pedidos de entrevista. “Para defender a liberdade de
expressão é preciso não falar com a mídia”, propõe Marilena Chauí. Ela
acredita que a mídia dá espaço para figuras do partido e de movimentos
sociais apenas para “parecer plural”, mas promovendo um “controle de
opinião” sobre o que é publicado.
A professora aludiu ao caso da dispensa da colunista Maria Rita Kehl
pelo jornal O Estado de S. Paulo. “A democracia não é simplesmente um
regime da lei e da ordem”, explicou, defendendo que é necessário haver
diversidade de opinião na mídia. A professora esclareceu que não se
pode permitir que três ou quatro famílias mantenedoras dos meios de
comunicação pautem a agenda política do Brasil.
“Temos que impedir que o segundo turno das eleições se torne um
plebiscito nacional sobre o aborto”, definiu. Para ela, a cada semana
é definida uma nova temática para o debate político – se referindo às
discussões eleitorais levantadas recentemente, como a da liberdade de
imprensa e a da religião.

Este texto da Marilena Chauí nos faz refletir  e mostrar como as novas tecnologias encurtam distancia e tem um poder enorme com relação a divulgação de notícias.

abraço a todos!!!

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